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Carolina Maria de Jesus Quarto de Despejo

Atualizado: 15 de jan. de 2019

a triste realidade da maioria dos brasileiros.



ultimamente os brasileiros tem se interessado mais pelas causas sociais, isso é um reflexo das últimas conquistas. muitos grupos anteriormente excluídos estão com uma voz cada vez mais forte e alta. porém, um pouco mais distante destas conquistas atuais, teve uma voz que gritou alto, mas infelizmente foi pouco ouvida!



tudo começou com um jornalista, Audálio Dantas que, ao fazer uma reportagem numa favela de São Paulo conheceu uma senhora negra, doméstica mas como um incrível talento de escrever o simples, olha, escrever o simples é, talvez uma das coisas mais difíceis do mundo, ou nas palavras dele "apesar de ser uma mulher extremamente pobre e simples, demonstrava uma grande lucidez crítica" !!!



bom, voltando a Carolina Maria de Jesus, li seu livro na época da adolescência, foi uma leitura meio tapa na cara, a realidade às vezes é muito mais cruel quando lemos sobre ela por aqueles que a viveram do que pelas leituras de livros escritos pelos intelectuais. enxergar o racismo, a pobreza e as misérias que existem na periferia do nosso país não é uma tarefa muito complexa, pois isso se reflete em quase todo o nosso território nacional, cada cidade, seja grande ou pequena é um mini Brasil, com suas riquezas e pobrezas nas mesmas proporções.

os registros começam com a seguinte nota: "15 de julho de 1955. Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela." E terminam com: “1.º de janeiro de 1960. Levantei às 5 horas e fui carregar água.”

desnecessário dizer que o livro Quarto de Despejo causou um impacto em mim, então, imagina o impacto de encontrar o seu livro autografado? imenso...


série Contrastes e Confrontos

o mais interessante foi ter encontrado em duas semanas dois livros Quarto de Despejo, o primeiro, uma segunda edição, e o segundo, uma quinta edição e autografado.


o primeiro encontrei num sebo em botafogo, o Baratos da Ribeiro. o segundo autografado consegui num vendedor ocasional de rua. e aí vai uma boa dica, os vendedores de rua são fartos em bons livros, livros raros e autografados por valores bem em conta. e ao contrário da maioria dos vendedores esse conhecia o que tinha em mãos, conversamos um pouco sobre a história e a vida da autora, concordamos que a sua obra não é ainda reconhecida como deveria. enfim, acreditamos que um dia isso mudará. e enquanto isso o livro tem um lugar especial na minha casa e para a minha vida.


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